Vem aqui no cantinho que vou confessar que sempre gostei da franquia "Premonição", não pelas mortes violentas, mas sim pelo medinho que você acaba ficando de algumas coisas (vê um caminhão cheio de toras de madeira = muda de faixa na rodovia; falam que acupuntura é excelente, mas não passa nem perto de uma clínica, e por aí vai), e quando vi o trailer do filme "A Hora Da Sua Morte", fiquei na cabeça que seria algo bem semelhante com a franquia, e eis que hoje ao conferir a trama, senti muito o mesmo teor, fiquei ressabiado com algumas coisas (nem vou procurar saber se existe o aplicativo, vai que né!!! Quem quiser que procure por sua conta!), e isso que é legal de ver em um bom filme de terror, pois você acaba se divertindo com os sustos dos outros em alguns filmes, em outros senti nojo e tudo mais, mas vai para casa e fica de boa, mas esses não, esses você sai pensando, nem olha no retrovisor/câmera do carro, e tudo mais, de forma que a trama acaba funcionando mesmo sendo bem simples, e tendo pedacinhos de diversos outros. E sendo assim, um filme que certamente muitos nem darão bola, outros críticos irão só chutar ele falando ser bizarro as diversas coisas que acontecem, outros irão procurar mil erros e bobeiras, mas o Coelho aqui só tem uma coisa pra falar do longa: que achei super bacana e que recomendo demais a loucura toda como um bom filme de terror deve funcionar, e já quero a continuação na mesa dos produtores pra ontem!
O longa mostra que um novo aplicativo que promete prever o momento exato da morte de cada pessoa está virando uma febre. Mesmo sem acreditar, a enfermeira Quinn resolve baixá-lo, mas tem uma surpresa: ela tem apenas dois dias de vida. Quando a contagem regressiva começa, coisas sombrias passam a acontecer e ela precisará lutar contra o tempo para sobreviver.
Com toda certeza muita gente irá falar que o diretor e roteirista Justin Dec copiou e colou diversos atos de outros filmes do gênero para montar seu longa completo, mas depois de anos como assistente de diversas produções, o jovem contou com um orçamento bem modesto e fez um filme intrigante, cheio de atos fortes e interessantes, e que acaba assustando quem estiver desprevenido, que acaba dando um certo arrepio de tensão em outros, mas que principalmente consegue funcionar como um todo, que mesmo tendo sacadas cômicas incríveis (as cenas com o padre nerd é de tirar o chapéu!) e outras cenas de diálogos idiotas, não vai incomodar aqueles que amam terrores clássicos, e com isso o resultado do filme acabará indo muito além do que um simples filme, mas sim o início de uma franquia que talvez funcione tão bem quanto outras que já estão rolando, e algumas que já desapareceram, e certamente iremos torcer a favor disso, pois sim, o filme tem muitos erros técnicos, mas tem a pegada certa para causar, e isso já vale a conferida.
Sobre as atuações, diria que a jovem Elizabeth Lail tem estilo, mas falta saber pegar seu texto e causar com ele, de modo que em alguns momentos sua Quinn vai com tudo, e parece estar com medo, em outros ela se desliga de forma tão forte que acaba sendo estranho de ver, ou seja, ela oscila demais em cena, e poderia ter ido muito além, afinal nas séries que fez todos são apaixonados por ela. Já Jordan Calloway foi preciso com seu Matt, entregando o medo de cara, enfrentando tudo com um temor forte e não ligando para nada, de forma que seu resultado funciona bastante, e até chegamos a torcer por ele. Agora se tem alguém que dá um show na tela é P.J. Byrne com seu Padre John, pois nunca tinha visto um padre nerd em um longa, e o nível de sacadas, de ideias, de envolvimento que o cara conseguiu fazer é algo para ver, rir e aplaudir, pois deu um show com tudo. Quanto aos demais, tivemos alguns exageros de caras e bocas da jovem Talitha Eliana Bateman com sua Jordan, um certo exagero de galanteio de Peter Facinelli com seu Sullivan, e algumas rápidas cenas bem sacadas de Tom Segura com seu Derek, mas nada que seja forçado demais, e com isso eles acabam se destacando dos demais figurantes, e funcionam ao menos.
Visualmente o longa segue bem a linha de terrores escuros, para tentar pegar o espectador desprevenido, tendo como base uma área fechada de um hospital e outros ambientes do mesmo, uma igreja meio diferente pela quantidade de livros, uma loja de informática/celulares, e algumas casas dos protagonistas, mas não necessitando muito do ambiente, pois a sacada toda funciona pelo celular com uma contagem regressiva, e as sombras/vultos/demônios que aparecem do nada para assombrar as pessoas, com maquiagens fortes e bem determinados, ou seja, são cenas tensas de mortes, e que vão causar até um leve desconforto, mas esse era o objetivo da equipe de arte, e acabou funcionando nesse quesito. Mesmo com uma fotografia escura, o resultado da trama não fica apagado demais, pelo bom uso das luzes dos celulares, e com isso o filme tem uma densidade cênica bem intrigante e funciona bastante.
Enfim, é um filme simples, que entrega um nicho que poucos gostam, mas que agrada bastante pelas cenas bobas bem funcionais, e com isso quem for mais medroso sairá da sessão pensando um pouco, olhando para os lados, e que com certeza nem pensará em olhar para os aplicativos do celular para ver se existe mesmo tal aplicativo (nos comentários do trailer a galera até dá o nome real do brinquedinho, mas não irei testar, deixo isso ao cargo de quem quiser!), e sendo assim recomendo ele demais para quem gosta do estilo, que nem notará tantos defeitos, mas sendo crítico não posso dar uma nota gigante para a trama, afinal tenho de falar também que com as falhas eles podem fazer igual aconteceu com "A Morte Te Dá Parabéns", que o segundo foi imensamente melhor que o primeiro, e quem sabe aqui voltem com algo ainda mais surpreendente, mas que afirmo, vai valer a conferida. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com o texto do outro terror da semana, então abraços e até logo mais.
PS: como público eu daria nota 8 ou 9, mas relevando as diversas falhas espalhadas, vamos ficar com 7 num olhar mais crítico, o que ainda é bem bom!
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O longa mostra que um novo aplicativo que promete prever o momento exato da morte de cada pessoa está virando uma febre. Mesmo sem acreditar, a enfermeira Quinn resolve baixá-lo, mas tem uma surpresa: ela tem apenas dois dias de vida. Quando a contagem regressiva começa, coisas sombrias passam a acontecer e ela precisará lutar contra o tempo para sobreviver.
Com toda certeza muita gente irá falar que o diretor e roteirista Justin Dec copiou e colou diversos atos de outros filmes do gênero para montar seu longa completo, mas depois de anos como assistente de diversas produções, o jovem contou com um orçamento bem modesto e fez um filme intrigante, cheio de atos fortes e interessantes, e que acaba assustando quem estiver desprevenido, que acaba dando um certo arrepio de tensão em outros, mas que principalmente consegue funcionar como um todo, que mesmo tendo sacadas cômicas incríveis (as cenas com o padre nerd é de tirar o chapéu!) e outras cenas de diálogos idiotas, não vai incomodar aqueles que amam terrores clássicos, e com isso o resultado do filme acabará indo muito além do que um simples filme, mas sim o início de uma franquia que talvez funcione tão bem quanto outras que já estão rolando, e algumas que já desapareceram, e certamente iremos torcer a favor disso, pois sim, o filme tem muitos erros técnicos, mas tem a pegada certa para causar, e isso já vale a conferida.
Sobre as atuações, diria que a jovem Elizabeth Lail tem estilo, mas falta saber pegar seu texto e causar com ele, de modo que em alguns momentos sua Quinn vai com tudo, e parece estar com medo, em outros ela se desliga de forma tão forte que acaba sendo estranho de ver, ou seja, ela oscila demais em cena, e poderia ter ido muito além, afinal nas séries que fez todos são apaixonados por ela. Já Jordan Calloway foi preciso com seu Matt, entregando o medo de cara, enfrentando tudo com um temor forte e não ligando para nada, de forma que seu resultado funciona bastante, e até chegamos a torcer por ele. Agora se tem alguém que dá um show na tela é P.J. Byrne com seu Padre John, pois nunca tinha visto um padre nerd em um longa, e o nível de sacadas, de ideias, de envolvimento que o cara conseguiu fazer é algo para ver, rir e aplaudir, pois deu um show com tudo. Quanto aos demais, tivemos alguns exageros de caras e bocas da jovem Talitha Eliana Bateman com sua Jordan, um certo exagero de galanteio de Peter Facinelli com seu Sullivan, e algumas rápidas cenas bem sacadas de Tom Segura com seu Derek, mas nada que seja forçado demais, e com isso eles acabam se destacando dos demais figurantes, e funcionam ao menos.
Visualmente o longa segue bem a linha de terrores escuros, para tentar pegar o espectador desprevenido, tendo como base uma área fechada de um hospital e outros ambientes do mesmo, uma igreja meio diferente pela quantidade de livros, uma loja de informática/celulares, e algumas casas dos protagonistas, mas não necessitando muito do ambiente, pois a sacada toda funciona pelo celular com uma contagem regressiva, e as sombras/vultos/demônios que aparecem do nada para assombrar as pessoas, com maquiagens fortes e bem determinados, ou seja, são cenas tensas de mortes, e que vão causar até um leve desconforto, mas esse era o objetivo da equipe de arte, e acabou funcionando nesse quesito. Mesmo com uma fotografia escura, o resultado da trama não fica apagado demais, pelo bom uso das luzes dos celulares, e com isso o filme tem uma densidade cênica bem intrigante e funciona bastante.
Enfim, é um filme simples, que entrega um nicho que poucos gostam, mas que agrada bastante pelas cenas bobas bem funcionais, e com isso quem for mais medroso sairá da sessão pensando um pouco, olhando para os lados, e que com certeza nem pensará em olhar para os aplicativos do celular para ver se existe mesmo tal aplicativo (nos comentários do trailer a galera até dá o nome real do brinquedinho, mas não irei testar, deixo isso ao cargo de quem quiser!), e sendo assim recomendo ele demais para quem gosta do estilo, que nem notará tantos defeitos, mas sendo crítico não posso dar uma nota gigante para a trama, afinal tenho de falar também que com as falhas eles podem fazer igual aconteceu com "A Morte Te Dá Parabéns", que o segundo foi imensamente melhor que o primeiro, e quem sabe aqui voltem com algo ainda mais surpreendente, mas que afirmo, vai valer a conferida. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com o texto do outro terror da semana, então abraços e até logo mais.
PS: como público eu daria nota 8 ou 9, mas relevando as diversas falhas espalhadas, vamos ficar com 7 num olhar mais crítico, o que ainda é bem bom!