Se você curte um longa com muita pancadaria, efeitos para todos os lados e uma história completamente maluca que até tenta ter alguma base para não ficar tão jogado, corre pra maior sala que puder e confira "Godzilla vs. Kong", pois se você viveu os anos 80/90 vendo os desenhos japoneses que passava na TV praticamente irá se sentir em casa com as destruições gigantescas dos prédios, as explosões imensas, as cenografias bem malucas, e claro os dois monstrengos enormes saindo na porrada do começo ao fim, além claro de um robozão que conseguiu ter poderes ainda mais insanos que o lagartão. Ou seja, é o tradicional blockbuster pipoca que praticamente temos nada de história, mas o envolvimento e as sacadas são tão boas que nem vemos a hora passar, e assim sendo a diversão é garantida.
A sinopse nos mostra que Kong e seus protetores embarcam em uma jornada perigosa para encontrar seu verdadeiro lar. Com eles está Jia, uma jovem órfã que tem uma ligação única e forte com Kong. Mas eles não sabiam que estavam no caminho de um Godzilla enfurecido, que está deixando um rastro de destruição pelo planeta. Esse combate épico entre os dois titãs, instigado por forças ocultas, é apenas o começo do mistério que jaz no núcleo da Terra.
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Diria que com um diretor tecnicamente especialista em longas de terror esperava ver algo até mais violento do que o que foi entregue, pois Adam Wingard praticamente colocou em prática no seu longa exatamente o que os fãs de filmes tecnicamente japoneses gosta de ver, que são lutas de bichos ou robôs gigantes com muita interação, e ainda claro trabalhando em segundo plano os humanos com suas ideias bizarras. Ou seja, os fãs de Godzilla e Kong certamente irão vibrar com todas as cenas dos personagens, e quem gostar de um bom filme de ação também irá se divertir com a empolgação entregue, pois não precisou exagerar com coisas insanas (apesar que tudo é fora da realidade, então tudo é insano né!!), e usando de boas piadas com o trio mais jovem que está investigando uma corporação misteriosa, e trabalhando emoção com o trio de cientistas que está acompanhando o gorilão em sua saga por um novo lar e na briga contra o lagartão, ao ponto que tudo acaba bem conectado, temos inclusão social com conversas em libras, e valendo bem tudo o que foi colocado para empolgar a o público no melhor estilo de filmes do gênero, mostrando que o diretor não economizou em efeitos, nem em ângulos para dar uma boa imersão de nos colocar no meio de toda a confusão, e o melhor, sem parecer exageradamente artificial, mesmo sabendo que nada ali é possível de acontecer.
Sobre as atuações, felizmente como aconteceu nos outros filmes do Godzilla e do Kong, os humanos acabaram não atrapalhando as interações, sendo usados mais como objetos animados da trama, quase como os minions são do filme "Meu Malvado Favorito", que até temos uma simpatia por eles, mas não são os protagonistas, e aqui Alexander Skarsgård caiu bem como um cientista/escritor de um livro sobre a Terra ser oca e no miolo ter um lugar completamente habitável e sendo a fonte dos poderes dos monstrengos, ao ponto que praticamente seu Nathan Lind é um personagem novo que tem conexões com o personagem do outro filme, mas nada que vá precisar lembrar ou ver, fazendo bons atos e sendo bem digamos heroico, que agrada no que faz. Millie Bobby Brown repete seu papel do último filme, agora com uma Madison mais instigadora que acaba funcionando para as cenas que aparece, mas nada que seja muito surpreendente de ver. Agora sem dúvida o papel de Brian Tyree Henry com seu Bernie completamente obcecado com teorias reptilianas de fim de mundo e dominação é muito divertido de ver, pois o ator vai a fundo na loucura e suas frases combinaram bem com o ator/personagem, agradando bastante de ver. A garotinha Kaylee Hottle foi muito fofa com suas atitudes junto com o gorilão, conversando através de libras transformou olhares simpáticos de sua Jia em algo incrível de ver, e que junto de Rebecca Hall fez uma boa parceria para chamar atenção. Do lado do mal, Demián Bichir foi bem intenso nos atos maquiavélicos de seu Walter Simmons, mas nem foi muito além em cena, e junto com Shun Oguri apenas fizeram algumas caras e bocas e tentaram aparecer com suas invenções, o que não chamou tanta atenção. Quanto aos demais, foram ainda mais enfeites, sendo ao menos engraçado ver os trejeitos de Eiza González com sua Maia, mas também não indo muito além.
Agora sem dúvida o que faz valer ver o filme numa telona gigante é toda a produção visual, que sabemos bem ser quase que totalmente computadorizada, com poucos ambientes realmente construídos, mas todo o restante muito bem desenhado para ser destruído pelos monstrões, trabalhando bem várias "locações" mundo afora para mostrar o refúgio de Kong na Ilha da Caveira, as sedes da empresa tecnológica Apex com muitos elementos cênicos tanto na Flórida quanto em Hong Kong, os vários prédios de Hong Kong sendo destruídos como poeira nas brigas, o interior da Terra Oca cheia de detalhes e bichos interessantes, e claro os três bichões incríveis na tela desde o grandioso lagarto Godzilla, o macacão Kong e o robô Mechagodzilla que cheios de detalhes impressionaram demais tanto na movimentação quanto nas texturas, agradando demais. Outro detalhe ficou a cargo dos efeitos especiais bem precisos, cheios de imponência visual e sem grandes falhas que fizessem desanimar de ver qualquer momento.
Enfim, é um tremendo filmaço de ação, daqueles que quem gosta de uma boa diversão sem ter de se apegar a histórias ou detalhes vai vibrar com cada momento, rir das boas sacadas, e sair contente do cinema após a conferida, pois volto a frisar que é o estilo de filme que ver em casa numa tela pequena irá desanimar demais, então coloque sua máscara, pegue seu álcool em gel, e boa sessão, pois todos os cinemas estão com rigorosos controles das normas de segurança e estão bem longe de qualquer tipo de aglomeração, então dá para curtir bastante, pois recomendo com toda certeza. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais textos, então abraços e até logo mais.