Netflix - Destinos à Deriva (Nowhere)

9/30/2023 04:19:00 PM |

Confesso que fiquei bem interessado na proposta do longa "Destinos à Deriva" da Netflix logo que vi o pôster quando começaram a divulgação, porém acreditava que fariam ele de uma forma mais curta, pois mostrar quase um mês da moça num container gigante, apenas sobrevivendo ali com um bebê foi meio que exagerado com quase duas horas de exibição. Não digo que sejam duas horas ruins, pois foram bem criativos com tudo o que colocaram para ela fazer com um container tendo apenas ela grávida (parindo no meio de uma tempestade), alguns milhares de potes plásticos, outros milhares de fones de ouvido, TVs e bebidas, aliás ainda bem que colocaram uma grávida no filme, pois se fosse um homem sozinho, a trama duraria uns 10 minutos com o cara ficando ultra bêbado com tudo e morrendo de coma alcoólico. Ou seja, é um filme de certo modo tenso, com alguns atos fortes, outros um pouco cansativos, mas que funciona bem dentro da proposta, e quem curte dramas de sobrevivência vai curtir bastante.

O longa nos conta que Mia é uma mulher grávida que se esconde em um contêiner para fugir de um país totalitário com o marido. Separada dele à força, ela precisa lutar pela sobrevivência quando uma violenta tempestade a atira ao mar. Sozinha e à deriva no meio do oceano, Mia fará o impossível para salvar a vida da filha e reencontrar o companheiro.

Uma sacada que o diretor espanhol Albert Pintó teve foi um começo tenso mostrando um regime totalitário na Espanha aonde o exército mata mulheres e crianças, e mesmo que pouco usado deu um tom já bem colocado para uma possível história paralela ainda mais interessante, mas isso fica apenas para a ideia dos roteiristas, pois falando do que ele fez aqui foi algo bem marcado, cheio de grandes nuances, e acredito que não foram gravar claro no meio do mar, mas usaram um container bem colocado dentro de alguma piscina e conseguiram passar muita sensibilidade para cada momento da trama, além de que a equipe de arte soube utilizar bem os elementos alegóricos da trama para que a protagonista encarnasse o MacGyver e fizesse de tudo com o pouco que tinha ali. Ou seja, souberam escolher bons ângulos para as filmagens, todos os momentos da trama são marcantes e tensos, só exageraram um pouco na duração, pois se tirasse uns 15-20 minutos ficaria incrível e ainda mais intenso, resultando em algo que chamaria ainda mais atenção, mas mostrou uma grandiosa evolução na carreira do diretor, pois seu longa anterior "O 3° Andar - Terror na Rua Malasaña" foi bem ruim.

Quanto das atuações, Anna Castillo fez o filme ser totalmente de sua Mia, pois até temos alguns personagens que aparecem no começo e no final, temos o marido vivido por Tamar Novas que aparece em um sonho e nas cenas iniciais, mas não entregaram muito mais do que olhares e envolvimentos, deixando que a jovem pulasse, se cortasse, parisse, sentisse fome, fizesse tudo e mais um pouco dentro daquele ambiente praticamente vazio que poderia afundar a qualquer momento, ou seja, souberam escolher bem uma atriz que dominasse muitas coisas, que tivesse imposição, força e ainda soubesse fazer todo tipo de trejeito possível e imaginário, e o acerto certamente mostra que Castillo dominou tudo e muito mais, ao ponto que mesmo o filme sendo simples, a jovem mereceria umas citações em algumas premiações, pois se doou no melhor estilo de náufrago possível.

Visualmente já falei praticamente tudo o que a equipe de arte colocou nos caixotes que foram dentro do container com a protagonista, potes plásticos, bebidas, fones de ouvido, alguns abrigos bem úteis, e claro um container gigante como único ambiente, tendo claro um trabalho bem imponente nas cenas iniciais mostrando as crianças e as mães sendo enjauladas e mortas, todo o desespero rolando nas ruas das cidades, e depois um rápido tiroteio a queima roupa bem marcante. Ou seja, tivemos duas equipes para dois filmes quase que isolados, que volto a frisar que ainda deveriam fazer outro filme só com a ideia do regime matador, e a equipe que fez vários apetrechos usando apenas esses elementos para que a jovem sobrevivesse e usasse tudo ali de mil maneiras, o que certamente foram bem criativos e deram ideias para caso alguém fique nessa situação em alguma vez na vida (viu, filmes também são ensinamentos!).

Enfim, o longa entrega bastante o que promete tanto o pôster quanto o trailer, consegue prender do começo ao fim, e mesmo cansando um pouco pela duração nem tão grandiosa, mas que para o que o filme pedia deveria ser menor, acabamos nos envolvendo bastante com tudo o que acontece, valendo a recomendação com certeza. E é isso pessoal, fico por aqui agora, mas volto mais tarde com outras dicas, então abraços e até logo mais.


Leia Mais

Jogos Mortais X (Saw X)

9/30/2023 01:15:00 AM |

Quem me conhece um pouco sabe que minha franquia favorita é "Jogos Mortais", isso desde os primórdios em 2004, aonde o então estudante James Wan explodiu nossas mentes com um orçamento minúsculo e virou o rei do terror, até o último filme de 2017 (não vou colocar a trama de 2021, "Espiral - O Legado de Jogos Mortais", na lista, pois é algo completamente a parte da franquia, e colocar um humorista para fazer terror não funcionou), e assim sendo, fui conferir "Jogos Mortais X" do jeito mais errado possível que sempre falo para vocês não fazerem, que é com as expectativas quase batendo na Lua de tão altas, e felizmente não me decepcionaram, voltando os personagens clássicos da franquia, John Kramer e Amanda, com Tobin Bell e Shawnee Smith perfeitos como sempre foram, deram as nuances corretas dos jogos, que é se você lutar pela sua vida você irá conseguir sair da armadilha e poderá até ser usado para algo maior, e principalmente, voltando para algo entre o primeiro (2004) e o segundo (2005) filme, agora vão ser criativos para fazer todos os intermeios e assim teremos a franquia eternamente (sou exageradamente apaixonado!!). Ou seja, sei que quem não for tão conectado com a franquia vai odiar, tanto que existem muitas notas ruins nas plataformas de críticas, mas quem gosta da saga pelas ideias completas vai ver tudo com tanta paixão que vai amar até as falhas de conexões que foram colocadas, e assim sendo, que venham muitos outros enquanto Tobin está aguentando com seus 81 anos!

A sinopse nos conta que nesta nova sequência, John Kramer, o impiedoso assassino Jigsaw - criador dos sádicos jogos de sobrevivência - está muito doente e em busca de uma cura milagrosa. Ele decide, então, viajar para o México após ouvir falar de um inovador procedimento médico que, além de experimental, também é muito arriscado. Disposto a tentar a sorte, Kramer parte rumo à cura. Porém, ao chegar a seu destino, se depara com um ambiente macabro, e descobre que toda a operação é uma farsa para enganar pessoas vulneráveis. Agora armado com um novo propósito, o infame serial killer usará armadilhas insanas e engenhosas para virar o jogo contra os vigaristas, relembrando o motivo de ser conhecido como o terrível vilão Jigsaw.

O diretor Kevin Greutert já é um velho conhecido da franquia, afinal trabalhou de editor desde o primeiro filme (editando inclusive os que dirigiu, até mesmo esse de agora, só fugindo da bomba "Espiral") e dirigiu os capítulos VI (2009) e "O Final" ou "VII" como prefiro chamar (2010), então ele sabe como criar as armadilhas mais icônicas, sabe aonde devia trabalhar cada ato, e aqui num filme que digamos tem até mais história para ser desenvolvida, conseguiu criar toda a ambientação imponente para que tudo tivesse boas conexões, e claro uma volta satisfatória para o personagem principal e sua pupila que já odiamos também desde o segundo filme (no primeiro ela apenas escapa de uma armadilha), junto de muito sangue, boas armadilhas, e claro a famosa reviravolta impressionante no final (que olha quase me enganaram dessa vez!). Claro que não dá para falar que ele foi muito original, afinal não gostamos de inovações dentro da franquia, e sim que tudo faça sentido, e também não dá para falar que não erraram no roteiro, afinal tem alguns leves furinhos que poderiam ser melhor arrumados, mas não é nada que atrapalhe o resultado para quem é fã, e sendo assim, o olhar crítico do Coelho vai ser um pouco desligado já que vou aceitar eles em paz. Ou seja, o diretor viu que seguir os acontecimentos do longa de 2010 ou até mesmo o de 2017, seria algo muito difícil para agradar os fãs, e atualmente as franquias de terror tem usado outro estilo de vértice, então a melhor e única opção foi voltar para o começo, e quem sabe ir melhorando as pontas soltas entre cada filme, e já que esse foi entre o 1 e o 2, se ele conseguir fazer algo fenomenal entre o 2 e o 3 (que é o meu preferido) vai ser incrível.

Sobre as atuações é fato que Tobin Bell é o cara literalmente, com 81 anos bem entregues na tela, aparentando realmente estar acabado com o câncer de seu personagem John Kramer, mas seus olhares, dinâmicas, envolvimentos e intenções cênicas que faz acabam mostrando uma personalidade até bem mais jovem, e como desde o primeiro filme ele já estava com uma personalidade mais velhinha mesmo, o resultado funciona demais, e claro que os fãs queriam demais ele atuando realmente ao invés de ser apenas flashbacks, então a volta do personagem é o melhor de tudo. Shawnee Smith também voltou muito bem com sua Amanda, e não aparentou seus 54 anos na tela, o que foi muito bom, pois nos primeiros filmes ela estava na casa dos trinta, ou seja, teve todo um bom preparo no visual, e a atriz não desaponta, afinal aqui ela praticamente acabou de escapar de sua primeira armadilha, e como já falei quem se salva acaba entrando para o time Jigsaw (lembre-se disso nesse filme, pois será importante para o fechamento), e seus trejeitos ainda são meio malucos de uma recém livre das drogas, tem personalidade e estilo que já conhecíamos no passado, e agrada bastante no que faz. Agora quanto aos novos personagens, diria que todos entregaram atos bem colocados tendo claro o destaque em cima de Synnøve Macody Lund com sua doutora Cecília Pederson bem imponente, cheia de traquejos e desenvolturas, não se deixando trabalhar em nenhum dos atos com trejeitos de medo ou desespero, mas sim com ódio no olhar, e chamando a responsabilidade muitas vezes; ainda tivemos Steven Brand fazendo um Parker Sears bem interessante de olhares e intenções; e Joshua Okamoto bem colocado com seu Diego, que faz bem o estilo desespero em velocidade para desarmar sua armadilha, já os demais Renata Vaca com sua Gabriela, Octavio Hinojosa com seu Mateo e Paulette Hernandez com sua Valentina só fizeram por gritar e se desesperar em suas cenas, afinal as armadilhas foram bem fortes com eles. E por fim ainda tivemos o garotinho Jorge Briseño bem usado com seu Carlos e uma volta interessante na cena no meio dos créditos (então não vá embora da sessão assim que começar as letrinhas) com outro personagem das antigas que já foi usado em vários filmes da franquia.

Visualmente diria que o diretor se conteve, pois se nos últimos filmes vimos armadilhas bem mais fortes, aqui como a trama é bem no começo de tudo, a equipe de arte usou coisas fortes, mas menos trabalhadas, além de que como bem sabemos as armadilhas de Jigsaw são possíveis de se resolver, basta que a pessoa obedeça, enquanto as de Amanda são impossíveis para que a pessoa morra mesmo, ou seja, a trama mostra bem o procedimento falso que o protagonista recebe num hospital improvisado, depois vemos tudo como foi bem tramado, é mostrado também um hotel/casa isolada, e depois tudo é muito bem usado para as armadilhas de Jigsaw. Ainda tivemos boas capturas pelo porco tradicional em boates, clínicas e até na casa luxuosa da doutora, ou seja, tudo simples, mas muito bem usado. E claro muito sangue nas cenas das armadilhas, afinal é disso que os fãs gostam de ver.

Enfim, estava com muito medo de ver a trama com tantas expectativas, mas não sai decepcionado, muito pelo contrário, saí extremamente feliz com o que vi, já querendo muitas outras continuações enquanto Tobin ainda consegue entregar personalidade para o papel. Claro, o longa tem defeitos, alguns que dá para relevar, e outros que mesmo sendo muito fã eu precisei apontar, por exemplo dos secundários não chamarem tanta atenção, e algumas conexões da história ficando levemente confusas, mas como faz quase 20 anos de tudo não dá para lembrar, e sendo assim vou ser criterioso e não vou dar nota máxima, diria que facilmente daria um 9,5 se tivesse notas quebradas, mas como não tenho vou por um 9 bem colocado, afinal 10 para mim só o 1 e 3. Ou seja, vá conferir, reveja todos, faça as conexões, e vamos torcer para muitos outros virem, pois isso é terror da melhor qualidade. E é isso meus amigos, fico por aqui agora, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.

PS: Lembrando que é obrigatório ter visto o primeiro filme de 2004 (os demais nem tanto por esse ser uma sequência meio que direta, mas só se vira fã após o terceiro), e fiquem na sala que logo após os primeiros créditos tem uma ceninha extra!


Leia Mais

Resistência em Imax (The Creator)

9/28/2023 11:03:00 PM |

Desde que vi o pôster de "Resistência" imaginava que o longa seria algum derivado de "Star Wars", principalmente por ser dirigido por Gareth Edwards que fez "Rogue One", e com isso nem me empolguei realmente pelo que poderia ser o filme, mas aí veio o trailer e embora tenha muitas semelhanças de estilo, a trama é bem mais próxima de algo possível num futuro, afinal as inteligências artificiais tem cada dia ficado mais imponentes e o longa vem trabalhar uma guerra entre robôs e humanos, que acabam ficando bem intensos de modo geral. Ou seja, tudo o que estava com medo não ocorreu, e empolgação estando normal acabou funcionando bastante na entrega da trama, pois além de trazer lembranças em cima de vários clássicos como "Star Wars", "Blade Runner" e até um pouco de "Apocalipse Now", o diretor conseguiu fazer com que seu filme tivesse um ar mais comercial do que esses grandes filmes, sendo imponente de estilo, mas cheio de ação e dinâmicas que conectassem bem o público com a ideia. Diria que ainda vamos ver muitos filmes envolvendo as IAs, mas já podemos começar a pensar que esse aqui tem todo um cheirinho de premiações, tendo um pouco mais do que os votantes de prêmios gostam de ver, sem que ficasse algo chato e cansativo para o povo em geral.

A trama nos conta que em um futuro distante, em meio a uma guerra entre a raça humana e as forças da inteligência artificial, Joshua, um ex-agente das forças especiais que sofre com o desaparecimento de sua esposa, é recrutado para caçar e matar o Criador, o desconhecido arquiteto da avançada Inteligência Artificial que desenvolveu uma misteriosa arma com o poder de acabar com a guerra... e com a própria humanidade. Joshua e sua equipe de agentes de elite ultrapassam as linhas inimigas, rumo ao centro do sombrio território ocupado pela IA, apenas para descobrir que a arma que acabará com o mundo, e que ele foi instruído a destruir, é uma Inteligência Artificial na forma de uma criança.

O que mais gosto do diretor e roteirista Gareth Edwards é que por ter trabalhado anos como parte de equipes de efeitos especiais, ele sabe usar a tecnologia ao seu favor, não colocando exageros técnicos apenas para parecer bonito na tela, e aqui o funcionamento dos robôs humanoides acaba sendo algo tão chamativo dentro da história que se não fosse pelas bobinas na cabeça, muitos ali nem classificaríamos eles como robôs, de tal forma que existe muito mais sentimento passado pelos personagens "menos" humanos do que pelos soldados que só querem destruir tudo, e quando é falado o motivo do início real da guerra ele consegue fazer com que torcêssemos ainda mais para o outro lado no conflito. Ou seja, o diretor conseguiu brincar bastante na tela com conceitos de moralidade, deu o tom para que os envolvimentos entre o protagonista e a garotinha fossem ficando mais intensos, e toda a estrutura gigantesca da trama acaba sendo bem precisa de técnicas e imposições, não sendo algo que acabamos forçados a gostar pelo que acontece, mas sim pela desenvoltura completa dentro de um roteiro que dava para ser ainda mais difícil, mas que preferiram deixar com uma cadência natural que todos entendessem e gostassem do que veriam na tela. Sendo assim, você acaba arrepiando fácil com alguns momentos, sente várias sensações e emoções com cada parte da trama, e ainda fica com aquela pulguinha na orelha se terá ou não uma continuação, pois o final que é mostrado deixa uma pontinha para o que queríamos ver acontecendo, veremos então se vai rolar, pois não falaram nada ainda.

Quanto das atuações, gosto muito de ver o estilo de John David Washington, pois ele entrega imponência em seus personagens sem ficar forçado na tela, sabendo bem aonde encaixar suas nuances, criar boas cenas de ação, e ainda trabalhar trejeitos com segurança para que o público crie carisma em cima de seus personagens, e aqui seu Joshua inicialmente chega a ser até um pouco desleixado, mas conforme vai se impondo na trama ganha nossos olhares e agrada demais. Agora falar de carisma é algo que ficou completamente a cargo da garotinha Madeleine Yuna Voyles em sua estreia com Alphie, a arma da IA que além de conseguir envolver de uma maneira bem gostosa com suas cenas, foi bem dinâmica, encaixando perfeitamente na parceria com o protagonista. Ken Watanabe entregou seu Harun com muita imposição, sendo quase um daqueles soldados perfeitos para o papel, criando olhares densos, mas sabendo encontrar o ponto certo para não forçar um ar mais forte, de maneira que acaba chamando atenção mesmo aparecendo pouco. Já Gemma Chan apareceu até que bastante nas cenas iniciais e depois em atos de lembrança do protagonista com sua Maya, entregando momentos de muita leveza e com intensidades mais amorosas e chamativas, porém não convence tanto quanto poderia, o que acaba sendo estranho. Ainda tivemos Allison Janney bem forte com sua Coronel Howell, cheia de personalidade e imposição, ao ponto que não chegamos a ficar totalmente com raiva dela como vilã, então acredito que dava para ter ido ainda mais além. E por fim vale ainda citar Sturgill Simpson que com poucos atos trabalhou seu Drew de uma maneira leve e descontraída, agradando com o pouco que entregou.

Visualmente o longa é incrível, cheio de cenas bem amplas mostrando as vilas da Nova Ásia aonde humanos e robôs vivem juntos, tendo robôs com rostos humanizados e os tradicionais que estamos acostumados, vemos a simplicidade de tudo num estilo mais rural com laboratórios escondidos, também tivemos cidades mais tecnológicas aonde vemos a fabricação dos corpos humanizados para os robôs, e claro a gigantesca nave NOMAD que praticamente desintegra lugares com seus misseis e scanners, só achei que faltou desenvolver mais as cenas dentro dela, pois ao final quando os protagonistas entram lá tem plantações e tudo mais, mas acabaram nem utilizando, vemos os tanques dos americanos imensos que destroem tudo o que aparece na frente, ou seja, uma trama de guerra clássica com muitas armas e desenvolturas, só que com muita tecnologia. Outro ponto bem trabalhado foi mostrar a explosão de uma usina nos EUA que deu início à guerra. Ou seja, a equipe usou muita tecnologia, e claro trabalhou com muita computação gráfica, além de ter muitos símbolos, elementos cênicos e cores espalhadas por todo o ambiente para remeter aos filmes clássicos que citei no começo do texto.

Enfim, é um tremendo filmaço, que ainda dava para melhorar mais, trabalhando talvez um pouco mais as cenas em cima da nave, que como falei mostraram bem rapidamente seu interior nas cenas finais, e talvez mostrar o que aconteceu com alguns personagens que nos conectamos tanto ao final, parecendo que quiseram deixar brecha para uma continuação, mas que não ligaria de existir, pois filme bom merece seguir. Claro que esse é daqueles filmes de ação/drama e ficção que merecem ser vistos nas maiores telas possíveis, então aproveite que os cinemas estão com promoções e confira o longa, pois acredito que em casa não vai ser a mesma sensação que a trama irá passar, e recomendo não deixar isso acontecer. E é isso meus amigos, veremos com certeza o longa aparecer em muitas premiações no começo do ano, então vamos aguardar o que vai rolar, e eu fico por aqui hoje, então abraços e até logo mais.


Leia Mais

Netflix - A Incrível História de Henry Sugar (The Wonderful Story of Henry Sugar)

9/28/2023 12:46:00 AM |

É raro eu vir falar de médias ou curtas-metragens por aqui, mas resolvi dar a chance para esse que é uma obra de Wes Anderson, direto na Netflix, que quem sabe seu estilo, sabe bem o que esperar, então não vá conferir "A Incrível História de Henry Sugar" esperando ver uma trama desenvolvida, interpretações gigantescas e tudo mais, mas sim uma história contada de forma quase que teatral, aonde os cenários vão se modelando exatamente como numa peça, com tapumes e montagens, e os personagens vão praticamente lendo seus textos para o público, contando a história de como um homem descobriu um método de enxergar através dos objetos e como isso foi passado para esse livro, sendo algo bem sacado que parece ser até menor do que a duração original, mas que talvez desse para florear mais e desenvolver como uma trama ambientada com tudo o que tem direito. Não digo que seja algo ruim, muito pelo contrário, mas poderia ser muito melhor, claro sem ser por Anderson, que aí ficaria confuso demais.

O filme adapta diversos contos do autor britânico Roald Dahl - mais conhecido por A Fantástica Fábrica de Chocolate - com foco na história de Henry Sugar, um homem rico que acaba ganhando a habilidade de enxergar através de objetos e prever acontecimentos do futuro graças a um livro que roubou. Com os novos talentos, o homem bola um grande plano para trapacear em jogos de apostas.

Nem digo que dá para falar muito do que Wes Anderson fez com a história, pois é tudo tão rápido e cheio de acontecimentos, que o trailer já mostra quase tudo o que tem na tela, que claro é bem melhor desenvolvida, mas que como disse no começo, quem não conhece o estilão próprio do diretor, vai achar tudo amarrado e até estranho demais, mas essa é a estrutura bem usual de seus filmes, e aqui com atores brilhantes (aliás a gama de amigos do diretor é gigantesca, e todos seus trabalhos tem quase uma Hollywood inteira!) conseguiu desenvolver uma história simples que acabou ficando mais ampla e que acaba sendo contada de um modo diferente do usual, o que acaba agradando quem gosta desse estilo. Ou seja, é o famoso básico mais enfeitado que funciona bastante.

Quanto das atuações diria que todos se encaixaram bem dentro da proposta de quase uma leitura colaborativa com cenários em movimento, pois mesmo fazendo caras e bocas, os personagens não tiveram tanta fluidez na trama, o que é engraçado ao mesmo tempo que estranho, mas não temos como falar mal de Benedict Cumberbatch como Henry Sugar, muito menos de Ralph Fiennes como Roald Dahl ou um policial em outra cena, e até mesmo Dev Patel caiu muito bem nos atos de um médico e de um advogado, além de Ben Kingsley com suas multifaces apenas mudando elementos em seu rosto, ou seja, todos foram muito bem encaixados e deram seu tom para a trama.

Visualmente a trama foi simples, mas bem interessante de ver, sendo praticamente uma peça aonde vamos vendo os atos ocorrendo com mudanças cenográficas, tendo alguns momentos mais amplos como as cenas do hospital e do cassino, e alguns mais fechados como as da floresta ou até mesmo da biblioteca, mas tudo com um cuidado de cores vivas e interessantes como sempre o diretor gosta de ousar.

Enfim, é um filme curto, mas bem direto aonde desejava mostrar, funcionando como algo interessante e cheio de nuances, que tem 41 minutos, mas parecendo ser ainda menor pela dinâmica rápida entregue, então com certeza vale o play na plataforma para quem conhece o estilo ver mais algo bem feito, e para quem não conhece experimentar algo bem diferente do tradicional cinema. E é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com as estreias do cinema, então abraços e até logo mais.


Leia Mais

David Contra Os Bancos (Bank of Dave)

9/26/2023 10:17:00 PM |

É até engraçado a quantidade de histórias reais (ou parcialmente reais) andam aparecendo para conferirmos, afinal dá sempre para aproveitar grandes desenvolturas de pessoas mundo afora e criar algo fantasioso para que a história fique ainda melhor, e já adianto para todos que a trama de "David Contra os Bancos" é bem aumentada em relação a tudo o que aconteceu realmente, mas como não nos importamos com isso, e sim como ficou cinematograficamente falando, digo que o resultado mesmo usando de artifícios tradicionais do gênero para emocionar conseguiu me envolver por demais, sendo algo bacana de ver na tela, criando tantas desenvolturas de vários estilos (comédia, drama, romance, julgamento, shows, entre outros) que não tem como não indicar para todos os públicos, afinal cada um vai conseguir curtir um pouco de tudo e no final estará bem feliz quase indo depositar seu rico dinheirinho no Bank of Dave (ou BSAL como a empresa de empréstimos real é chamada em Burnley, Inglaterra). O longa estreia na próxima quinta-feira, 28/09, mas quem quiser ver o documentário real feito em 2012 sobre a história é só clicar nesse link que deixo aqui, mas veja somente depois de conferir o filme, pois aí a emoção vai ser maior, já que o filme entrega muito mais do que uma simples história de vida.

O longa é baseado na história real de Dave Fishwick, um empresário idealista que decidiu lutar contra o sistema e abrir seu próprio banco para ajudar sua comunidade. O bem-sucedido vendedor de vans britânico de Burnley - uma cidade que já foi referência em produtividade e lucro, mas agora está em decadência - decide abrir um banco que usa dinheiro local para financiar empresas locais. No entanto, ele logo trava uma batalha difícil enquanto tenta convencer a elite das autoridades financeiras sediadas em Londres a conceder-lhe uma nova licença bancária. Ao lado de seu advogado, ele se tornará um herói de sua região.

O diretor Chris Foggin e o roteirista Piers Ashworth não são tão conhecidos por aqui, mas posso dizer que ao conferirem o documentário e criarem toda a desenvoltura da trama que virou o longa conseguiram ser bem sagazes com as escolhas do que iriam incrementar para que a história que ainda não está tão bem concluída como mostrada no filme tivesse muito mais sucesso e chamasse muito mais atenção, de tal forma que colocaram personagens mais carismáticos e interessantes, deram desenvolturas de jogos sujos, e claro colocaram até um show gigantesco para atrair fundos, e essas são só algumas das coisas irreais colocadas. Mas isso não vem ao caso, pois como analiso o resultado da trama como cinema, diria que tudo o que fizeram para o longa funcionar foi tão bem sacado que a história real até perde o brilho, já que a que conferi consegue empolgar demais do começo ao fim, tem boas sacadas de julgamentos, tem toda uma desenvoltura de um jovem advogado que consegue seus primeiros grandes casos explodir, e claro tem toda a conexão afetiva que o charme de pessoas simpáticas de uma cidade pequena consegue passar numa trama, e assim sendo, tanto o diretor quanto o roteirista mostraram muito serviço e acabaram agradando e chamando muita atenção para os seus trabalhos, tanto que agora fiquei com vontade de ver outros filmes deles (e por incrível que pareça muitos nem tem em lugar algum por aqui, mesmo sendo mais antigos!).

Sobre as atuações, diria que Joel Fry entregou com muita personalidade seu Hugh, fazendo bem o estilo de advogados jovens de grandes companhias que são jogados para casos improváveis de ganho e que conseguem trabalhar tudo ou morrem lá mesmo, e com olhares bem tímidos e sínteses até estranhas de trejeitos foi marcante e conseguiu agradar bastante. E falando em agradar, Rory Kinnear conseguiu ser tão simpático e envolvente com seu Dave que se o real tiver o mesmo carisma e ideias para melhorar sua comunidade, deve ser daqueles que merecem tudo e muito mais, pois o ator acabou trabalhando algo tão leve, tão cheio de personalidade, que mesmo sendo riquíssimo não ficou em momento algum parecendo arrogante, e isso foi o principal para que o público se conectasse com ele, além do mais no final com fotos e no documentário conseguimos ver que deixaram o ator bem parecido com ele fisicamente, o que é um grande acerto. Quanto aos demais, é fato que Phoebe Dynevor foi bem encaixada como a sobrinha de Dave, a médica Alexandra, dando as nuances de um possível romance desde o começo, usaram um bom Paul Kaye como Rick Purdy, músico e empresário de várias bandas para conectar a trama com o show do final, mas sem dúvida os atos de Hugh Bonneville como um consultor bancário do governo que arma tudo para que o banco do protagonista não saísse do papel foi rápido e cheio de trejeitos marcantes, coisa que ele sempre sabe fazer muito bem.

Visualmente a trama até entrega atos grandiosos para uma produção modesta, tendo casas chiques, bares bem trabalhados tanto na cidadezinha quanto em Londres, mostrando um escritório de advocacia bem requintado, um hospital popular simples, alguns atos de julgamento num tribunal e uma discussão na câmara da cidade, a loja de vans e micro-ônibus do protagonista e claro o fechamento num show imenso, ou seja, tudo bem cheio de detalhes para representar cada ambiente e cada momento do filme, mostrando que a equipe não exagerou nem se conteve para que tudo ficasse bonito e principalmente charmoso.

Para os amantes de rock, assim como o verdadeiro Dave Fishwick, a trama contou com muitas canções icônicas cantadas no karaokê da cidade pelos protagonistas, e claro com clássicos das bandas The Goa Express e Def Leppard, ou seja, só música boa para dar o ritmo e desenvolver a trama com tudo até chegar no final com os integrantes das bandas tocando em um grandioso show. Não colocaram no Spotify a trilha completa, mas tem "Pour Some Suggar on Me", "Kick", entre outros, assim que tiver volto aqui para atualizar.

Enfim, é um filme que até posso achar defeitos se quiser reclamar, mas me emocionou, me envolveu e principalmente me entreteve da melhor forma possível durante toda a duração dele, e assim sendo não tenho muito o que reclamar sem ser os clichês do estilo, e como já falei em outros casos, são os clichês que determinam o estilo de um filme para podermos classificá-lo como isto ou aquilo, e assim sendo não devemos reclamar, então digo que todos que curtirem um bom filme de comédia dramática, baseada em fatos mais ou menos reais, que não apela para o riso nem para o choro, vá conferir ele nos cinemas a partir de quinta 28/09. E eu fico por aqui hoje, agradecendo mais uma vez o pessoal da Synapse Distribuidora pela cabine de imprensa, e volto amanhã com mais textos, então abraços e até logo mais.


Leia Mais

Amazon Prime Video - Uma Boa Pessoa (A Good Person)

9/26/2023 01:06:00 AM |

Muitas vezes uma história bem simples consegue ser exatamente aquela que vai envolver e emocionar você, e digo isso com muita facilidade sobre o longa "Uma Boa Pessoa", que entrou em cartaz na Amazon Prime Video, trabalhando dois temas difíceis de desenvolver, que é o luto e a dependência química e/ou alcoólica, mas que contando com uma segurança tão bem trabalhada pelos protagonistas consegue agradar de uma maneira tão gostosa de ver, que ficamos envolvidos do começo ao fim com toda a trama. Ou seja, é daqueles filmes que você se pega vendo de uma forma tão tranquila que acaba se conectando com os personagens, sentindo tudo que os personagens passam, e mesmo sendo algo que tem uma certa tensão com as situações, o resultado flui tão bem que funciona demais na tela, valendo cada minuto da trama, e o melhor, passa voando.

O longa nos conta que Allison é uma jovem promissora com uma carreira próspera, um noivo amoroso e um círculo unido de familiares e amigos. Mas sua vida muda repentinamente para pior quando ela vivencia uma tragédia angustiante que a deixa lutando contra o vício em opiáceos e lutando contra uma tristeza não resolvida. Apesar dos desafios que tem pela frente, ela encontra consolo e força em um relacionamento inesperado com seu ex-sogro, que se torna seu aliado improvável na jornada rumo à cura e à recuperação.

Diria que o diretor e roteirista Zach Braff foi bem direto na desenvoltura que desejava trabalhar, afinal a guerra contra o vício é algo muito difícil de mostrar na tela, e já tivemos tantos bons exemplos quanto péssimos exemplares de tramas assim, e quando se junta as dinâmicas do luto e de uma separação problemática tudo pode piorar, ou seja, ele teve nas mãos algo que facilmente poderia dar muito errado, e seu texto permitiu que tivesse leves sacadas para não pesar tanto. Ou seja, o que vemos na tela pelas mãos do diretor é algo bem emotivo, difícil de lidar, mas que conseguiram permear a situação toda de uma maneira muito gostosa de ver, aonde vemos gatilhos de quebra, vemos erros que muitas vezes alguns amigos cometem achando que estão fazendo o bem, e claro as melhores formas de se resolver esses problemas, e assim sendo o resultado mostrou tanto técnica quanto estilo por parte do diretor, mas principalmente seu ganho foi colocar os bons atores para se desenvolverem bem, e isso deu um tom a mais para a trama.

Quanto das atuações, diria que esse estilo de personagem que Florence Pugh fez é o mais certo para sua carreira, pois coloca ela como uma mulher jovem e bem colocada com sua Allison, não uma mulher mais velha como costumeiramente seu agente tem escolhido para interpretar, de tal forma que aqui ela entregou personalidade para o papel, conseguiu criar trejeitos e desenvolturas emocionais bem marcantes, e ainda passar a conexão e o carisma com tudo o que faz, sendo dura consigo mesmo, desesperada na falta de seu vício, e claro sofrendo ao máximo nos atos que causaram gatilhos, sendo sem dúvida alguma perfeita no papel. Outro que não temos nem palavras para falar, pois dificilmente erra, é Morgan Freeman, e aqui foi escolhido com perfeição para o papel de Daniel, já que entrega atos fortes de estilo, mas também direcionados com precisão para cativar, de tal forma que nos atos mais duros ficamos até com receio de sua explosão, ao mesmo tempo que nos doces acaba emocionando e sabendo conduzir sua dimensão para algo até maior. Celeste O'Connor também entregou atos bem trabalhados com sua Ryan, conseguindo ser bem colocada, e claro entregar tanto uma raiva num primeiro momento, mas depois tentar se conectar com a protagonista, e usou bons trejeitos em suas intenções, mesmo que absurdas, mas dentro do contexto da trama. Ainda tivemos bons momentos de Chinaza Uche com seu Nathan cheio de dinâmicas, Zoe Lister-Jones com uma Simone bem paciente e marcante como conciliadora do grupo de apoio, mas sem dúvida dentre os secundários quem trabalhou mais envolvimento foi Molly Shannon com sua Diane, mostrando atitudes tradicionais de mães, e chamando para si alguns momentos marcantes da trama.

Visualmente a trama é interessante por mostrar uma cidade pequena e seus costumes, como bares aonde a maioria vai, festas em outras cidades maiores próximas, o ato de colecionar e montar ferrovias do protagonista bem conectado com a simbologia em vários atos, principalmente no final, as dinâmicas da jovem com medo de dirigir andando de bicicleta, o desespero pela droga num quarto e uma casa completamente bagunçados assim como a vida da protagonista, o estilo do protagonista escondendo seus vícios e medos, e claro um acidente bem moldado e reproduzido, ou seja, a equipe de arte usou alguns bons símbolos representativos, conseguindo chamar a atenção com bem pouco, e sendo funcional na desenvoltura de recuperação na clínica e a volta musical.

E falando em musical, o longa tem uma boa trilha sonora tanto de cantores bem trabalhados com suas canções, quanto com a protagonista botando a voz para jogo e tendo sua música no álbum do filme, de modo que faz tudo acaba sendo envolvente e vale a conferida no link que deixo aqui.

Enfim, é um filme bem interessante, leve e direto na mesma proporção, que consegue envolver bem o público, e talvez até apareça em alguma das premiações, pois tem estilo e boas atuações, então vale com certeza a conferida na Amazon (que vem acertando muito mais que todas as demais plataformas de streaming!) e a indicação para todos, já que vale a reflexão de como não atrapalhar alguém que está tentando parar um vício jogando um gatilho imenso em cima da pessoa. Então fica a dica, e eu fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais um texto, então abraços e até breve.

PS: Só não dei uma nota maior devido algumas cenas meio que difíceis de aceitar, como a jovem brigar com a protagonista por ter "matado" sua mãe, e logo em seguida meio que virarem melhores amigas, mas isso é relevante em relação à trama toda, então dá para não reclamar tanto.


Leia Mais

Netflix - O Acusado (Accused)

9/24/2023 11:24:00 PM |

Atualmente temos visto muitos cancelamentos digitais acontecendo, daqueles que as pessoas acusam alguém de algo e saem dando tiros para tudo quanto é lado, quase como "investigadores" e até mais do que isso, com alguns querendo ser "vingadores" para resolver tudo na mão, sem deixar que a polícia ou os órgãos competentes desenvolvam algo funcional, e o longa da Netflix, "O Acusado", entrega justamente uma trama aonde um jovem é acusado de ter participado de um atentado ao metrô por parecer com uma foto divulgada erroneamente, e assim logo que descobrem seu nome, alguns homens vão até a casa de seus pais para fazer justiça com as próprias mãos, deixando o jovem numa tensão monstruosa tentando fugir sem ter como e sem ajuda até das pessoas que ama, ou seja é daqueles filmes tão atuais que causam tanta tensão quanto interesse no público que mesmo sendo curto acabamos desesperados para saber se o rapaz vai sobreviver ou o que acabará acontecendo, e de um modo bem simples o resultado acaba funcionando bastante.

A sinopse nos conta que quando Harri, um jovem de vinte e poucos anos, deixa a cidade para cuidar dos cães de seus pais no campo, ele inesperadamente se vê em uma situação perigosa. Confundido com um suspeito de um atentado terrorista no metrô de Londres, a rápida propagação de falsas acusações nas redes sociais leva heróis autoproclamados à sua porta. Agora, Harri deve não só limpar o seu nome aos olhos da máfia digital, mas também afastar vigilantes agressivos que pretendem fazer justiça com as próprias mãos.

Diria que o diretor Philip Barantini foi bem preciso no desenvolvimento de sua obra, de tal forma que ele leva o público quase para dentro da tela junto do protagonista, sentindo o desespero do jovem em ver seu nome pipocando nas redes sociais, vendo o iminente linchamento que alguns querem, e estando sozinho em uma casa praticamente isolada de tudo vai surtando e passando bem esse realismo para quem está vendo. Ou seja, ele pegou uma trama que facilmente se veria em um curta-metragem e ampliou ela sem que ficasse cansativa, dando boas nuances, e principalmente contou com um ator que soube pegar bem essa síntese lhe dada e passar para as câmeras o que lhe afligia ali, sendo imponente de atos, e sabendo conduzir tudo o que ocorre. Diria até mais que se o filme tivesse uma pegada ainda mais ampla, colocando mensagens mais fortes na tela, o resultado seria ainda mais forte, mas já adianto que foi bem conduzido tudo, e principalmente não se arrastou pela tela.

Sobre as atuações, a base praticamente inteira é feita por Chaneil Kular com seu Harri, afinal é ele quem se esconde, se desespera, faz os trejeitos de todos os estilos pelos cômodos da casa de seus pais, e entrega muita personalidade e sensibilidade para o papel, pois não ficou forçado com olhares gritantes como muitas vezes vimos nesse estilo, nem se segurou com cara de pânico sem ações, ou seja, trouxe o filme para si e convenceu bastante do começo ao fim com tudo o que entrega, e mostra potencial para outros bons projetos, afinal tem estilo. Quanto aos demais, os pais do jovem apareceram apenas em duas cenas, mas sem grandes chamarizes, a namorada foi apenas algo meio por voz, sendo sem grandes desenvolturas, então sobrou para o cachorro que vai deixar muitos descontentes com a produção, a vizinha vivida por Frances Tomelty tendo inicialmente uma cena tranquila que acaba ficando bem intensa, mas não pelos trejeitos entregues por ela, e claro os dois vingadores vividos por Robbie O'Neill e Ollie Teague, que quebraram tudo em cena, brigaram bem com o protagonista, mas acabaram em maus lençóis com a sorte não lhe sorrindo muito.

Visualmente a equipe de arte foi muito precisa com uma casa gigante, podendo usar vários ambientes, subir e descer escadas, ter bons atos pelas câmeras de segurança (que estão cada dia melhores servindo para filmagens em alta qualidade), quanto aos objetos cênicos acabaram usando um martelo, um machado, uma faca, e claro muito do computador e do celular do protagonista, aparecendo muitas mensagens dos aplicativos que acabam sempre gerando as famosas fake news, ou seja, tudo simples, mas bem usado na tela.

Enfim, é um filme que não enrola, que trabalhou bem todo o conceito de como uma notícia falsa desestrutura tudo e acaba com a vida de algumas pessoas, e principalmente mostra que na maioria das vezes quem sofreu com tudo acaba nem sendo reparado como se deve, ficando com traumas e tudo mais, ou seja, algo que devemos pensar muito antes de sair atacando com qualquer notícia, e mais do que isso deixar que os responsáveis pela justiça a façam da forma correta, e sendo assim o filme vale muito nessa época para todos conferirem, ficarem tensos com a história e também refletirem, pois mesmo não sendo perfeito é uma obra simples e eficiente. E é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais textos, então abraços e até logo mais.


Leia Mais

Star+ - Ninguém Vai Te Salvar (No One Will Save You)

9/24/2023 05:27:00 PM |

Um dos subgêneros do terror que andava meio sumido era o tal de invasões alienígenas, mas já tinha ouvido muito sobre profecias bíblicas que quando morrêssemos teríamos de encarar nosso passado e pedir perdão para entrar no paraíso, mas não que isso ocorreria quando aliens chegassem para uma invasão! Ou seja, se você achou absurdo esse começo do texto do longa da Star+, "Ninguém Vai Te Salvar", pode crer que dar o play é algo ainda mais estranho, pois o filme causa uma certa tensão, tem um estilo meio até que bem trabalho, mas é tão escuro que mesmo colocando a TV no brilho máximo ainda acaba sendo difícil de ver mais detalhes do longa, fora o desenvolvimento de uma história meio que maluca, e assim sendo não conseguiu me pegar como imaginava, parecendo algum tipo de trama que o diretor teve uma ideia para mudar um roteiro meio ruim, e durante as gravações foi obrigado a voltar para a ideia original, o que acaba ficando falho e sem muito rumo.

Na trama, Brynn Adams vive isolada da sociedade, passando os dias na casa onde cresceu. Porém, um dia, intrusos extraterrestres invadem seu lar e a forçam a lidar com traumas do passado.

Diria que o diretor e roteirista Brian Duffield se perdeu demais na concepção de sua trama, pois o filme até tem um estilo e causa uma certa tensão, principalmente por ter quase que nenhum diálogo, ser bem escuro e focar mais nos barulhos dos seres andando pela casa enquanto a protagonista foge, e seria talvez interessante mostrar antes o que ocorreu para que a jovem se isolasse do mundo e tivesse o problema com os demais da cidade, para talvez rolar algo mais imponente no final, e não um julgamento moral para receber seu perdão ou algo do tipo. Ou seja, como costumo falar, tivemos uma boa apresentação e uma ideia muito interessante para entregar algo que no final desanda por completo e desanima quem esperava algo maior no fechamento, e isso é algo pior do que ver um filme inteiro ruim, pois cria expectativas que acabam não se cumprindo, e com isso ficamos com a famosa raiva de que perdemos nosso tempo. Ou seja, o diretor falhou em não criar algo mais marcante, economizando na possibilidade de tensão que alguns até gostam de ver, mas que talvez uma iluminação melhor causasse mais do que o não ver nada.

Sobre as atuações, ou melhor sobre a atuação já que os demais apenas aparecem fazendo caras e bocas estranhas, diria que Kaitlyn Denver até trabalhou bem sua Brynn, de forma que ficamos curiosos para entender o que aconteceu no passado para que ninguém gostasse dela, e sua força de vontade de sobreviver acaba sendo bem marcante, mostrando que a atriz se entregou por completo para o papel, o que chama muita atenção para suas desenvolturas, embora seja meio absurdo as formas que ataca os bichos e foge meio que sem rumo. Quanto aos demais, já disse que foram apenas enfeites, mas a única cena com a Geraldine Singer mandando um belo cuspe na cara da protagonista, mas Zach Duhame apareceu bem mais como o carteiro e acaba fazendo algumas cenas mais estranhas do que algo que realmente marcasse.

Visualmente a casa da protagonista é bem bonitinha, tendo sua própria maquete da cidade com muitos detalhes, mostrando que passou anos construindo aquilo e escrevendo algumas cartas que guarda no sótão, que no final fazem algum sentido ao menos, e vemos alguns aliens bem estranhos, mas usando a forma humanoide tradicional bem magra de muitos outros longas, além de algumas naves bem interessantes, já o restante do filme você se esforça para ver algo no meio do escuro com facas, acendedores de fogo, além de algumas passadas pelos cemitérios da cidade, igrejas e até uma delegacia, mas nada que importasse mais do que a cena dentro de um ônibus. Ou seja, a equipe até tentou criar bons símbolos, mas não foi muito além, deixando toda a verba de iluminação para a festa no final do filme.

Enfim, é daqueles filmes que você nota um grande potencial em tudo, fica tenso desejando saber muito do que possivelmente vai ocorrer, mas que desanda de tamanha forma que você ao final não sabe se xinga tudo ou apenas dá o play logo em outra trama para melhorar o seu dia, e como já fiz a primeira coisa de xingar a ideia, agora vou dar play em outro filme para fechar melhor meu final de semana, e quanto a esse, se você gostar de não ver nada na tela, e ficar tenso com tudo para ao final não ser nada do que você pensou, dê o play, do contrário vá para outro filme. E é isso meus amigos, fico por aqui agora, mas volto mais tarde com outra dica, então abraços e até logo mais.


Leia Mais

Os Peludos - Guardiões do Lar (Finnick)

9/23/2023 06:09:00 PM |

Costumo dizer que os diretores de animações precisam definitivamente se reinventar para saber atingir melhor o público alvo de seu produto, pois alguns filmes chegam com uma temática mais infantil e no desenvolvimento acabam ficando meio que perdidos de escolhas tentando atrair os pais e/ou recaindo para lados bobos demais até para as crianças de idades maiores, e isso é uma falha bem grande. Digo isso agora após conferir "Os Peludos - Guardiões do Lar", pois a sacada de monstros invisíveis que cuidam dos acasos dentro de uma casa foi bem boa de curtir, porém a mudança de estilo para um garoto que deseja virar um supervilão acabou ficando jogada demais, sendo até interessante em alguns momentos, tendo boas sacadas divertidas em outros, mas o personagem principal acaba ficando meio que jogado de lado com a investigação, os gritos e barulhos soaram forçados, e assim não cativou o tanto que poderia, não sendo ruim, mas que dava para ir mais além, dava com certeza.

Você não deve saber, mas tem um Peludo vivendo em cada lar. Os Peludos são criaturas divertidas; invisíveis aos olhos humanos e que tem como missão tomar conta do nosso lar sem que nenhum humano perceba sua presença. Um Peludo em particular, Fred, é atrapalhado, divertido e às vezes ele pode ser temperamental e um pouco destrutivo. Ele fica provocando os moradores da casa o tempo todo, faz questão de não deixar nenhuma família ficar no seu reino por muito tempo. Tudo isto muda quando uma nova família chega em sua casa. Cristina, uma garota adolescente, acidentalmente descobre a existência do Fred, e depois disso situações ameaçadoras e intrigantes começam acontecer na cidade que antes costumava ser um paraíso calmo e tranquilo. Fred e Cristina, apesar das diferenças, vão precisar juntar suas forças, deixar as diferenças de lado, e resolver os mistérios para salvar a cidade.

Diria que o diretor Denis Chernov trabalhou até que com muitas texturas para os seus personagens, conseguindo representar eles como uma quantidade de pelos interessantes de ver na tela, aliás o estilo de animação russa tem surpreendido bastante de técnicas, criando ambientações e sínteses bem marcantes com as tramas que colocam em pauta, só falta fazer o que falei no começo de escolher melhor o público e ir além, pois vão conseguir logo mais chamar atenção, ter personagens carismáticos que vão pegar o público, e com uma boa história funcionar de forma incrível. Sendo assim o resultado do trabalho de Chernov com seu primeiro filme para exportação realmente, já que os demais foram apenas animações simples de TV, foi algo que até diverte e prende a atenção, não soando cansativo nem enrolado de tramas, mas ficou faltando determinar melhor o rumo, pois a proposta do vilão até foi bem marcada, mas forçou demais a barra ficando estranho de ver.

Quanto dos personagens, diria que Fred é divertido, teve boas sacadas com piadas bem trabalhadas pela equipe de dublagem, brincou bastante nos cenários, mas escolheram uma voz gritante e irritante demais, de tal forma que acabamos meio que cansados de ouvir ele sempre falando, e algo que não é tão necessário em animações é diálogos, então dava para amenizar um pouco mais. A garotinha Cristina é bem desenvolvida, conseguiu criar atos investigativos interessantes, e trabalharam bem seus momentos para criar tanto carisma quanto envolvimento dela com os demais bichinhos, o que acabou agradando.  Como já falei o vilão soou forçado, querendo ser um vilão na série, o garotinho acabou maluco e junto do seu peludo que também foi zoado pelos demais, acabou surtando e fazendo algumas vilanias bobas mas imponentes, porém dava para trabalhar um pouco mais o personagem para ir além de brincadeiras infantis como vilania. Já todos os demais foram apenas conexões, fazendo atos meio que bobos e sem grandes chamarizes, de forma que nem os pais nem os demais garotos acabam funcionando para o filme, o que é estranho de acontecer, já que apareceram bastante.

Visualmente a cidadezinha de Berg tem seu charme, o estúdio de TV é bem desenvolvido, e trabalharam bastante os cenários tanto da casa quanto dos locais aonde vão investigar, brincando com tudo ao redor, e assim vemos muitos detalhes nos ambientes e as vilanias acabaram sendo bem divertidas de ver, como um vulcão de pipoca dominando a cidade, um vendaval de penas e uma roda gigante sem controle, que funciona ao menos para dar o contexto da trama.

Enfim, é um filme que dava para ir muito além, dava para chamar muito mais atenção com tudo, e ser mais criativo, bastava apenas fazer algo mais bobinho para crianças menores, ou desenvolver algo mais tenso para os mais velhos, e aí tudo ficaria perfeito. Digo que vale o passatempo com as crianças, ao menos a maioria da sala ficou bem tranquila vendo o longa, mas não vai ser nada que vá surpreender ninguém, nem fazer com que os pequenos queiram os peludos para sua casa. E é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.


Leia Mais

Som da Liberdade (Sound of Freedom)

9/23/2023 03:03:00 AM |

Antes de mais nada, sem entrar em clubismo, politicagem ou grupos religiosos irei analisar o longa "Som da Liberdade" como cinema apenas, então se você veio aqui por achar que vou levantar qualquer bandeira está bem errado e pode procurar outro site de críticas. Dito isso, o filme até tem um vértice religioso em segundo plano, mas felizmente não fica com falação sobre o tema, e analisando ele como uma trama de resgate, como deve ser vista e recomendada, entrega bons atos, tem um estilo bem trabalhado pelo protagonista, e claro como todo filme do gênero acaba forçando a barra meio que colocando o protagonista quase como um super policial que enfrenta tudo e todos, conseguindo um patrocínio bem imponente para fazer sua missão dar certo num primeiro momento, e já no último ato sendo um completo maluco da forma que entrega o resgate, então deveriam ter frisado um pouco menos o "baseado em uma incrível história real", afinal sabemos que a área de mata e montanhas da Colômbia é praticamente impossível fazer o que ele faz na trama, mas para efeitos cinematográficos funcionou, e assim acaba valendo o conteúdo por completo. Claro que o longa está bem longe de ser tão perfeito e emocionar tanto como muitos venderam nas divulgações, mas isso também funcionou bastante, afinal a sessão legendada de hoje num horário bem ruim estava bem cheia, ou seja, conseguiram vender bem a ideia.

O longa é baseado na história real de Tim Ballard, ex-agente do governo americano responsável por uma missão de resgate de centenas de crianças vítimas do tráfico sexual na Colômbia. Na trama, depois de resgatar um garotinho, Ballard descobre que a irmã do menino também está sendo mantida como refém. Ele decide, então, dar início a uma perigosa - porém nobre - missão para salvá-la. Disposto a dar tudo de si, Tim se demite de seu antigo emprego no Governo e viaja para as profundezas da selva colombiana em busca da quadrilha.

Um fato marcante é que com toda certeza o diretor e roteirista Alejandro Monteverde viu muitos filmes de ação com resgate com o Liam Neeson ou Stalone para transformar a história de Tim Ballard no que vemos na tela, pois inicialmente a trama até tem um teor de uso em cima da pedofilia e do tráfico de crianças, porém nas últimas cenas tudo já é deixado de lado e vemos um homem maluco atrás do seu objetivo, se embrenhando em lugares impossíveis e conseguindo sair ileso, ou seja, pra quem curte a ideia, o resultado acaba funcionando como uma boa ficção, mas como algo baseado em fatos reais, aí já ficou um pouco apelativo demais, de tal forma que não dá para acreditar no que vemos, e mais ainda na burrice de líderes de carteis colombianos como acabaram sendo mostrados, pois se lermos as letrinhas finais antes dos créditos, o tráfico rende muito dinheiro, e o crime nesse sentido é mais estruturado que as ficções que imaginamos e vemos na tela. Ou seja, poderia dizer que o diretor se inspirou na história de Tim, entregou alguns atos bonitinhos e emocionais com as crianças, mas se perdeu ao exagerar um pouco demais em vários momentos, e isso pesou um pouco.

Quanto das atuações, Jim Caviezel tem um estilo bem trabalhado, entregando para seu Tim uma personalidade bem marcada, imponente, e principalmente muita disposição para tudo, de tal forma que é nato sua pegada em busca do resgate, faz trejeitos fortes, mas também entrega olhares emocionais e alguns até neutros, o que funciona bem no formato completo da trama. Outro que teve bons momentos foi Bill Camp com seu Vampiro, entregando dinâmicas bem colocadas e muita imposição em seus diálogos, de tal maneira que nos convence de sua mudança, mas não diria que seu personagem saiu tanto do meio do "crime", mas o ator ao menos agradou bastante. As crianças Cristal Aparicio e Lucás Ávila fizeram olhares tristes bem encaixados com seus Rocio e Miguel, conseguindo emocionar bem e passar um ar desesperador para o público. E claro dentre os demais tenho de pontuar o estilo bem colocado do policial colombiano que Javier Godino entregou, e Yessica Borroto Perryman entregou ares bem marcantes para sua Giselle, de modo que acaba sendo até uma acusação bem densa em cima do concurso de Miss do país.

Visualmente a trama entregou locações bem trabalhadas na Colômbia, mostrando uma ilha interessante aonde armam o plano de criar um hotel para sócios do crime, vemos um pouco do transporte de humanos em navios de containers (algo que ocorre bastante realmente!), tivemos alguns atos numa delegacia meio que sem muitos detalhes, e claro toda a cena de ação na floresta fechada, sendo algo bem bacana a preparação do protagonista para virar médico, ou seja, a equipe até conseguiu passar bem a mensagem com os ambientes escolhidos, e isso mostrou um bom preparo de pesquisa, o que acabou agradando bastante de certa forma.

Enfim, se você curte filmes de resgate, aonde se vê um planejamento maluco e ações insanas, pode ir conferir tranquilamente, agora se você for ver achando que a trama vai dar nuances religiosas ou mensagens subliminares políticas, você irá se decepcionar, pois a venda disso tudo acaba sendo apenas numa mensagem no meio dos créditos feita pelo ator pedindo que você compre ingressos para outras pessoas conferirem o filme, o que acabou resultando em algumas salas vazias de pessoas com ingressos esgotados mundo afora (no Brasil não pegou tanto a ideia ainda, mas vamos ver durante a semana). Ou seja, está bem longe de ser uma bomba como poderia ter acontecido caso virasse um estilo de pregação cheia de politicagem, mas que também passa longe de ser algo perfeito para se conferir, sendo interessante ao menos pela forma que abordaram o tema, e assim sendo fica a recomendação. E é isso meus amigos, eu fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.


Leia Mais

Elis & Tom - Só Tinha de Ser com Você

9/22/2023 09:44:00 PM |

Costumo dizer que documentar uma gravação de um álbum musical hoje se tornou algo tão comum que achamos que sempre foi assim, e agora quase 50 anos após a união dos dois ícones da MPB e da Bossa Nova, vemos imagens inéditas da gravação de um álbum que quase não aconteceu em "Elis & Tom - Só Tinha de Ser Com Você", aonde as canções icônicas vão muito além de apenas uma sonoridade deliciosa, mas sim de ver os músicos, produtores e vários outros ícones mundiais falando sobre como o álbum representou muito na vida deles. Ou seja, é uma representação visual marcante que consegue agradar a todos de uma forma bem bacana, aonde a conversão de Super 8 para 4K ficou bem trabalhada e vai muito além de tudo, valendo conferir e levar quem não conhece para entrar no mundo da boa música.

O longa conta com imagens da gravação do antológico álbum que juntou a cantora Elis Regina com Antonio Carlos Jobim (popularmente conhecido como Tom Jobim). Gravado pelo produtor Roberto de Oliveira durante os registros, em Los Angeles, nos Estados Unidos, do álbum lançado em 1974, o filme apresenta uma série de materiais de bastidores inéditos, que permaneceram guardados desde então, e que mostram todos os altos e baixos por trás da produção do álbum - que por muito pouco não foi interrompida.

Diria que os diretores Roberto de Oliveira e Jom Tob Azulay conseguiram escolher o melhor de tudo para representar o desenvolvimento conturbado inicialmente que acabou virando algo que marcou uma época, e com muito estilo, ótimas imagens, depoimentos bem colocados para complementar tudo o que vemos e ouvimos, ou seja, algo marcante, que tem estilo e consegue envolver tanto musicalmente quanto visualmente, e que tendo classe mostra algo que vai muito além de dois gênios musicais, mas sim seu simbolismo e dinâmicas para lidar entre si e criar algo que mudou ambos.

O longa além de trabalhar imagens dos bastidores com Elis e Tom, traz entrevistas com outros artistas e especialistas, como Nelson Motta e João Marcelo Bôscoli, filho de Elis, dando detalhes de tudo e da personalidade de cada um, fazendo com que a trama tivesse um conteúdo bem intenso, inteligente e interessante de ver, de tal maneira que acabamos vendo um estudo da época através da boa música e que envolvendo de uma forma bem concisa agrada bastante.

Enfim, nem dá para se falar muito da obra, pois é uma representação de um material que muitos achavam que nem existia, mas que funciona para simbolizar os problemas de se juntar grandes nomes musicais e também para contextualizar o público de quem foram esses dois gigantes, então vá ao cinema e confira pouco mais de 90 minutos de boa música e conheça um pouco mais dos bastidores de uma gravação de um álbum nos anos 70. E é isso pessoal, fico por aqui agora, mas volto mais tarde com outro texto, então abraços e até logo mais.

Leia Mais

Os Mercenários 4 (Os Mercen4rios) (Expend4bles) (The Expendables 4)

9/21/2023 11:57:00 PM |

Costumo dizer que um bom longa de ação funciona sozinho independente de ter ou não uma boa história, pois o público que vai conferir só quer tiro, porrada e bomba (explosões no caso), mas até tendo isso conseguiram desandar bastante o quarto longa da franquia "Os Mercenários", que aqui colocaram ainda como "Os Mercen4rios" pra ficar mais difícil nas pesquisas dos mecanismos de busca! E já começo tacando a bomba no ventilador, que se no terceiro filme da franquia o resultado foi muito bom, dando um gás com as inserções no elenco, com uma desenvoltura imponente e tudo mais, aqui ficou parecendo que nem os amigos gostaram de estar juntos na mesma produção, parecendo que ninguém tinha química com ninguém, e para piorar o grande cerne da trama que é Stalone sai de cena muito cedo, ficando praticamente um filme solo de Statham com vários coadjuvantes famosos atrás, ou seja, faltou o que sempre funcionou nos demais filmes da franquia que eram boas piadas, sacadas entre os brucutus, e claro algo para "salvarem" o mundo. Não digo que seja algo ruim de ver, pois como um passatempo de domingo a tarde até funciona um pouco, mas economizaram demais em tudo para pagar os cachês, e o resultado é uma sala bem morna que nem se empolga com nada.

No longa a equipe enfrentará um traficante de armas que comanda um enorme exército privado. Munidos com todas as armas inimagináveis, os Mercenários são a última linha de defesa do mundo. Reunidos como a equipe de mercenários de elite, os veteranos comandados por Sylvester Stallone se juntam pela primeira vez a uma nova geração de estrelas. Os novos membros da equipe com novos estilos e táticas darão a "sangue novo" um significado totalmente novo. E quando a equipe é chamada para mais uma missão, é certo de que todas as outras opções seriam incapazes de cumprir o que só eles podem.

O diretor Scott Waugh até tentou trabalhar as dinâmicas de ação com coreografias mais imponentes, afinal ele já foi dublê e sabe bem o que precisa mostrar para impactar o público, porém fica tão na cara o desgaste dos personagens, que a história fica sem ir para algum rumo que marcasse tanto, aliás, o filme quase que inteiro se passa dentro de um navio que parece um formigueiro de tantos capangas saindo de tudo quanto é lado, mas que são derrubados pelo "mocinho" quase que com um sopro apenas, e isso pesou demais, pois soou tão artificial que não marca, e para piorar tudo explode como se fosse um campo minado em cada canto do navio. Ou seja, confesso que aceitaria uma trama cheia de desenvoltura sem história, mas uma história fraca sem desenvolturas é inaceitável, de tal maneira que chega a ser difícil defender o que o diretor entregou, mas se posso aliviar um pouco a barra dele, acredito que a falha foi maior no roteiro que tirou de cena o protagonista da saga logo de cara (mas que era mais fácil acreditar em Papai Noel do que ele estaria morto realmente), e para piorar os demais foram presos com uma facilidade tão boba que nem em sonho imaginaria ver um "fechamento" da franquia tão insosso como o que criaram aqui.

Quanto das atuações vamos direto ao ponto, pois diferente do segundo filme que todos tiveram boas participações e chamaram a atenção para si, aqui volto no que eu falei no começo que o longa é praticamente todo de Jason Statham, e ele sabe bem usar esse estilo, tanto que segura a trama como se fosse sua, saltando de motos, fazendo trejeitos e piadas, e botando a pancadaria para jogo logo que fosse necessário, além claro de trabalhar boas coreografias cênicas, deixando seu Christmas na medida certa para chamar atenção. Outro que entrou no segundo ato, mas foi muito bem nas lutas foi Tony Jaa com seu Decha, meio que botando todo o estilo oriental de facas para jogo e sendo imponente em alguns atos, pelo menos não ficando em segundo plano. A tentativa de colocar o girl power para jogo com Megan Fox até funcionou para vermos um ar mais sensual na trama, mas não como um filme de brucutus atirando e brigando, de tal forma que até o ar histérico dela no começo acabou virando motivo de piada, ou seja, sua Gina vale como um colírio visual (principalmente em sua última cena) e nada mais. Vale um leve destaque para o vilão vivido por Iko Uwais que foi imponente com seu Rahmat e também tentaram forçar Jacob Scipio com seu Galan falador demais, mas nada que fosse muito além.

Visualmente a trama mostra um ataque imponente do vilão na Líbia, com cenas de tanques e muitas explosões, mostra o bom uso de umas estacas como arma de preferência dele, e logo depois a trama já se recorta para dentro de um navio gigante cheio de caixas espalhadas (nem são contêineres, são caixas mesmo!!), vemos perseguições com motos ali dentro, explosões, bombas, e claro tiros de todos os calibres possíveis, além de muitas armas brancas para as lutas corporais, ou seja, ao menos nesse quesito a trama não desaponta.

Enfim, é um filme que mostra um desgaste gigante da franquia, que infelizmente poderia ter entregue muito mais, sendo daqueles passatempos que alguns vão até curtir, mas não dá para esperar nem grandiosas cenas de ação, pois não conseguem fazer isso funcionar na trama que é simples demais, fora o fato que volto a citar novamente, que o coração da franquia é Stalone, e se vocês voltarem aonde falo das atuações, nem cheguei a citar ele, pois aparece somente em três cenas e nada mais. Então quem quiser se arriscar pode até ir conferir, mas não tenho como recomendar o longa para ninguém. E é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais textos, então abraços e até logo mais.


Leia Mais

Amazon Prime Video - Cassandro

9/21/2023 12:47:00 AM |

Não lembro de ter visto tantas cinebiografias seguidas assim em minha vida, de tal forma que daqui a pouco teremos alguma categoria só para esse estilo nas premiações! Mas digo que é bacana, pois muitas vezes não conhecemos nada ou bem pouco sobre algumas histórias reais e as desenvolturas que marcaram tais personagens, e assim sendo, eis que estrearia na sexta dia 22/09 na Amazon Prime Video o longa "Cassandro", porém alguém apertou o botão antes da hora e hoje já estava disponível para dar play na plataforma, o que foi muito bom já que essa semana teremos muitos filmes para conferir, e o que posso dizer é que a trama acabou sendo daquelas que o ator consegue incorporar de uma maneira tão forte o personagem, que acabamos nem sentindo tanto a pressão da história em si, o que é uma faca de dois gumes, já que o ator chama para si tudo e pode ganhar muitos prêmios, mas também pode acabar ofuscando demais todo o restante para que não se lembrem dele depois. Dito isso, posso afirmar que como não acompanho o mundo das luchas libres, acabei achando bem interessante a forma moldada que um jovem que só ficava de coadjuvante nas lutas secundárias acabou mudando seu estilo e explodindo mundo afora, e Gael pegou essa responsabilidade e conseguiu ir ainda mais além, dando carisma e muito envolvimento para que nos conectássemos com tudo o que vemos na tela.

O filme mostra a história real de Saúl Amendáriz, lutador amador gay que atendia pelo nome de Cassandro, o Libertador da Luta Livre. Quando entrou para o mundo da luta livre na década de 80, Saúl não queria ser conhecido por competir como um lutador drag, mas após conhecer Sabrina, que se tornou sua treinadora e melhor amiga, ele consegue encontrar forças para superar diversos desafios e criar o personagem Cassandro, abertamente gay.

O diretor e roteirista Roger Ross Williams soube pegar bem a história de Saúl Amendáriz e desenvolver bem a sua trama para que tivesse um bom envolvimento com o público, de tal maneira que claro sob a supervisão do verdadeiro Saúl trabalhou a mudança de estilo de luta do jovem, afinal sendo bem mirrado era colocado nas lutas apenas para apanhar dos grandalhões, e quando uma lutadora aceita treinar ele, vê que ele tem mais potencial para lutar como exótico (lutadores que incorporam estilos mais de drag na luta), e só essa mudança já fez dele um personagem de entretenimento, já que as regras da luta livre mexicana é bem mais de entreter o público do que lutar mesmo, e claro também de espelho para outros jovens gays, de tal forma que o diretor soube usar todos esses artifícios da história do jovem e não permeou tanto o relacionamento em si do real Saúl, o que foi uma grande sacada, pois vemos toda a imponência acontecendo dessa forma. Ou seja, o filme em si ficou muito mais próximo de algo de entretenimento do que um drama sobre a vida do rapaz, o que acaba chamando mais atenção e até mesmo um público maior.

Sobre as atuações basicamente Gael García Bernal pegou tudo o que poderia entregar em um personagem e se jogou por completo na dupla personalidade de Saúl fora dos ringues, treinando ou passeando com sua mãe, tendo seus relacionamentos, bebidas, drogas e tudo mais, e de Cassandro dentro dos ringues, aonde trabalha bem o elo drag, faz trejeitos fortes e sensuais e praticamente brinca lutando, de tal forma que mesmo contracenando com grandes nomes da Lucha Libre não deixou quase que aparecessem, e isso mostra o brilho e a técnica do ator. Ainda é claro que temos de valorizar algumas cenas de Roberta Colindrez com sua Sabrina, fazendo bem uma amiga e treinadora, se jogando junto em algumas lutas e dando bons conselhos, mas não se desenvolveu tanto e ficou um pouco em segundo plano demais. Já Perla de la Rosa fez a mãe do protagonista com muito envolvimento, trabalhou o sentimental e emocionou bem com algumas dinâmicas, de forma que poderiam até ter trabalhado um pouco mais a relação deles, mas não era o foco do longa. Outros que apareceram bem, mas fizeram atos secundários demais foram Joaquín Cosio como o produtor de lutas Lorenzo, o cantor Bad Bunny fazendo um traficante bem colocado em cena, mas sem dúvida quem conseguiu chamar um pouco mais de atenção foi Raúl Castillo com seu Gerardo por ter tido relações mais íntimas com o protagonista, e assim pode desenvolver-se melhor em cena com olhares e nuances.

Visualmente a trama mostrou bem algumas lutas, mostrou um pouco da vida do jovem e de sua mãe numa casa simples, o sonho de uma casa mais requintada, as idas até o estacionamento dos jogos de beisebol para ver de longe o pai que abandonou a família, vai um pouco no passado para mostrar como o jovem foi introduzido nas lutas, mas principalmente mostrou o trabalho da equipe de arte no desenvolvimento dos figurinos do lutador, que foram todos bem irreverentes e marcantes, ou seja, a equipe trabalhou com algo mais amplo e conseguiu um belo resultado.

Enfim, acredito que o longa vá ser citado pela bela interpretação do protagonista nas premiações, mas talvez fique em segundo plano pela história e pelo desenvolvimento, pois diria que faltou um pouco mais de explosão dramática nos atos, ficando um pouco corrido com tudo na tela, mas ainda assim é uma obra bem interessante para quem não conhecia o lutador, e ver um pouco dessa modalidade maluca de lutas, ou seja, vale o play. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.


Leia Mais

Amazon Prime Video - A Milhões de Quilômetros (A Million Miles Away)

9/20/2023 12:44:00 AM |

Costumo dizer que um filme motivacional de duas horas com lições de persistência e determinação valem muito mais que muitos charlatões que conhecemos por aí, e a Amazon tem pego muitas dessas ideias nas escolhas de seus longas originais no último ano, chegando agora com "A Milhões de Quilômetros", uma história de muita superação e força de vontade, aonde um jovem garoto imigrante do México que trabalha junto dos pais nas plantações, mudando de escolas a todo momento para aonde está tendo colheita nos EUA, decide que gostaria de ser um astronauta sem nem saber para que servem as estrelas, e com isso vai tentando sempre entrar na NASA após se formar engenheiro, tendo várias negativas e sempre sendo apoiado por sua esposa até que consegue o feitio, ou seja, alguns vão falar que dei um spoiler, mas como é uma história real que vimos em vários jornais na época, o longa mostra que estudo e determinação é algo que faz um caminho dar certo, e que mesmo que se ouça vários nãos, se você tiver uma meta, algum dia pode alcançar. Claro que a trama é muito mais bonita vista com toda sua cadência emocional bem colocada do que lendo aqui, e por isso vale demais o play na plataforma, e mesmo usando sempre o mesmo ator mexicano o resultado funciona bastante.

A trama nos entrega um filme biográfico sobre José Hernández e sua trajetória de trabalhador agrícola a engenheiro e astronauta. Uma história de perseverança, comunhão e sacrifício para realizar um sonho aparentemente impossível.

É bem interessante ver o desenvolvimento que a diretora e roteirista Alejandra Márquez Abella fez com o livro de José M. Hernández escreveu sobre sua vida, pois ela conseguiu praticamente capitular seu filme no mesmo estilo de um livro sem ficar maçante, afinal usou o estilo de lições que o pai do garoto determinou para que ele seguisse para conseguir ir além, e isso funcionou bem (1969 - 1º - ache seu objetivo; 1985 - 2° - saiba aonde está; 1999 - 3° - faça um mapa; 2003 - 4° - se não sabe, aprenda; 2008 - 5° - quando acha que conseguiu, trabalhe mais), pois consegue servir tanto de estrutura dramática quanto de filme/livro motivacional mesmo, não cansando e principalmente mostrando as fases do protagonista (que é um tremendo procriador, afinal a cada cena que passava era mais uma criança na família) e de tal forma que a diretora conseguiu não se perder nas dinâmicas, tendo muito a crescer com o longa. Ou seja, é o famoso estilo estrutural de bons longas motivacionais, mas mais do que isso a trama acaba sendo simbólica e marcante com boas pegadas cênicas, e agradando bastante, mostrando que ela tem uma boa mão na condução.

Sobre as atuações, diria que talvez um terceiro ator interpretando José no miolo seria mais interessante, pois que Michael Peña é incrível isso é fato, e demorou até demais para ganhar um papel de protagonismo imponente, porém ele já tem quase 60 anos, e fazer um jovem engenheiro que acabou de sair da faculdade acabou sendo um pouco estranho de assimilar, mas conforme os anos vão passando, ele entregou seu carisma tradicional e soube emocionar bastante, de tal forma que acaba agradando, e vale destacar também Juan Pablo Monterrubio como o protagonista garoto cheio de bons olhares marcantes e que acaba conectando bem a emoção nos últimos atos no grande encontro. Agora estou chocado com o quanto Rosa Salazar cresceu em 4 anos, pois a vimos como a robô Alita em 2019 e agora já faz o inverso do protagonista, sendo uma jovem mulher nos atos intermediários e que já está nova até demais para os atos finais, ou seja, fez olhares e parcerias incríveis conectando-se muito bem com Peña, mas talvez alguém mais velha para os atos finais funcionariam melhor. Ainda tivemos bons momentos com Julio Cesar Cedillo como o pai do garoto bem emotivo e cheio de nuances, Sarayu Blue bem encaixada como uma das primeiras mulheres em viagens espaciais KC, e muitos outros bons personagens que deram seus atos de conexão com o protagonista, mas sem dúvida alguma dentre os secundários vale o destaque para Michelle Krusiec muito bem trabalhada como a professora Miss Young, dando claro uma lição bem colocada quanto uma emoção marcante nos atos finais.

Visualmente o longa tem um bom estilo para mostrar a vida da família migrante indo de plantação em plantação, mostrando as colheitas de vários tipos de produtos nos EUA, mostra o jovem com seus carros marcantes, trabalhou a graduação, e depois vemos a vida dele sempre tentando com cartas amassadas de não aprovação, seu trabalho com lasers sendo visto como um zelador, seus treinamentos  imponentes para conseguir chamar atenção da NASA, aprendendo a pilotar, mergulhar e correr, até chegarmos nos treinamentos oficiais bem imponentes com piscinas de ponta cabeça e tudo mais, além claro da decolagem, ou seja, a equipe trabalhou bem com o material do verdadeiro José, aonde vemos as fotos no final, e foram bem coerentes e simples, sem precisar explodir muito.

Enfim, é um filme bem interessante pelo lado motivacional, que trabalhou bem o carisma do protagonista e passou boas lições, que tem um pouco de defeitos que davam para serem amenizados, mas ainda assim emociona e agrada bastante, valendo a recomendação de conferida para todos. E é isso meus amigos, eu fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.


Leia Mais